sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Um Pirata ...


Dizem que a identificação e a fascinação conduzem ao sonho da consciência.
Mas este conceito é confuso...
Principalmente no meu mundo ...

Mundo estranho,
este onde navego ...
de mares étereos,
marinheiros cegos,
sem norte ...
cujo rumo me confunde ...

O que esta a minha Frente e a minha retaguarda, são quinquiharias perto do que esta dentro de mim...
Isso movimenta minha febre pela conquista ...

Os recursos de que necessito para viver bem não estão na exterioridade.

Estão aqui dentro... sou um livro transcedental repleto de conhecimentos e sentimentos imortais ...

O que me aflige é a fragilidade em exercitar a leitura de mim mesmo ...

E quem não exercita a leitura de si mesmo provavelmente ficará retido na capa e distanciado do seu conteúdo!

Correntes dominam minha psiqué ... sera esse meu destino?

Gostaria de compreender-me ... não ter asas e poder voar ...
Ter o céu como fundo ir até o fim do mundo e voltar ...
E depois me abraçar ... certo do que quero ...
liberto destes meus sentimentos impossiveis !

E estes pensamentos me empurram, para o indecifrável ...



Por hora é isto,
Paradigmas ... que me tornam um Pirata ... Caçador de mim ...



É meus amigos de que adianta falar cinco linguas se não somos capazes de falar conosco mesmos?

Luciano Braz

















Los Mosqueteiros ... Má, kito e Luana, minha princesa !




Na foto "Os Normais" rsrs (Matheus Henrique meu filho mais velho e Kito meu sobrinho)




Um caçador de Pipas _ Meu filho _ Meu Orgulho !

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Meu Disfarce





Não fui na infância como os outros ...
Eu não via como os outros viam
Minhas paixões eu não podia tirar da fonte igual a deles

Eram outras as origens de minhas tristezas,
Eram outros os cantos que me faziam despertar para as alegrias do coração ...
(EU) ...sou diferente e daí? O que fazer ?

Tudo que amei , amei sozinho ...
Tudo o que desejei estava distante de mim,
Queria ser como os garotos normais, ser feliz ao menos ...
Com as coisas simples da vida ...

Na minha infância , na alba da tormentosa vida, ergueu-se no bem , no mal,
em cada abismo, a encadear-me o meu mistério ...
Me perdi em mim mesmo ... já não sei quem sou ...
Será que venho dos rios ... mas se venho dos rios onde esta a fonte ?

Será que venho do sol ?
Talvez isso justifique a paz e calor que me envolve
quando vejo aqueles clarões dourados de outono !
Alguns dizem que sou como o relâmpago ... ahhh os relâmpagos vermelhos
Que anunciam a chegada dos trovões , incendeiam os céus e provocam tempestades que vem fulminantes e inundam
Medo, força, magia, poder, imaginação ... é minh’alma é como um relâmpago ...

Não ... não ... não ... desculpem-me não sou não ...
Sou só um pobre Mortal ... um ser comum que queria ser diferente, que não se conforma com os limites da própria vida ...
Alguém que ao ingressar ao jardim do Amor
Deparou-se com algo inusitado ...
Na entrada do jardim, ali onde Eu antes brincava no gramado ...
Havia uma capela , fechada ...
Os deuses colocaram uma placa ... “Tu Não Podes”

Esse sou EU , ... consegues entender ?
Não ? ... tudo bem , confesso, também não ...
Por isso se alguém perguntar quem sou ou pedirem por mim digam que conhecem-me pouco ... MEU DISFARCE É FINGIR QUE NÃO EXISTO, e digam PRA VIDA QUE HOJE EU NÃO VENHO!!!

Ahhh se for pra falar sobre o meu querer então ... bom ai é complicado demais ...
Mas afinal ... quem é você ?





Luciano Braz









Na Foto minha maninha e sobrinho !



Minhas maninhas lindas!


Maninhos reunidos ...






Aos amigos, deixo meu abraço , respeito e admiração ...

domingo, 16 de agosto de 2009

Duas Vidas ... algumas interrogações !


Será sempre assim... Amar as raízes e aspirar ao céu?
Paradoxais são os desejos que alimentam os meus voos;
quero ser dono do meu tempo, segurar as rédeas da minha vida, e ainda ser folha arrastada no vento, pintada pelas cores da estação, leve e estaladiça.

Preciso tanto do meu espaço, do meu cheiro nas paredes, de caras conhecidas a sorrirem-me do porta-retratos na estante, como da liberdade de vaguear sem destino, como uma gota anónima num oceano de vidas.

Gosto de me reconhecer nos caminhos rotineiros, de antecipar cada passo e essa segurança é uma espécie de redoma que me protege das intempéries de um destino caprichoso.

O mesmo destino que me acena do horizonte e me fascina, inebriado pelas promessas de aventura, me sucumbe à tentação de me fundir no mundo.

Amigos, quero uma vida normal, com direito a tudo aquilo que fui programado a ambicionar e, com a mesma intensidade fervorosa, desejo escrever uma história original, por entre a poeira dos caminhos e com o céu estrelado como testemunha.

Mas para isso quero duas vidas para viver!

Perdido por aí, sinto-me tão vivo...
Dilui-se no sangue a angústia das horas, o tempo passa devagar, como uma carícia.

Ouço até o coração da terra palpitar-me no peito, se os meus pés decalcam as pegadas luminosas do universo.

Viajar mata a minha fome de mundo. Por um instante, sinto-me cumprir o meu destino, como se eu não pertencesse nem a mim.

Desejo, com os olhos a brilhar de excitação, cada rua, cada pedaço de mar, banhado de luar e viver histórias de piratas.
Vou saquear as emoções que escondem os rostos alheios, dissecar os mitos de cada sombra que desce sobre a cidade.

Quero viajar mergulhando nos mais diversos sentimentos, por que o prazer não está em chegar, mas na viagem.

Sentimentos, transporto-os a tiracolo;
o tempo encarrega-se de lhes limar as arestas e eu beijo-lhes as palavras e os silêncios.

Almejo os sons, as cores, os cheiros, a arte, a ALMA que circula em um mundo desconhecido, descobri-la, possuí-la, deixar-me apaixonar.

A beleza escraviza-me e bebo dela, até me latejar nas têmporas.
Rasga-se-me o riso nos lábios, se apreendo um pouco mais da realidade.
Realidade que também existe aqui... Aqui, onde estou integrado, onde posso ser eu.

Aqui, onde pertenço, onde busco a felicidade.
Eu preciso de duas vidas... Uma para me perder e outra para me encontrar...
Como se fosse um poema e uma poesia!

Alguém ai me entende?
Ahhh deixa pra lá, eu não vim pra me explicar mesmo ... Eu vim é pra confundir !


Agora pego meu guarda chuvas e prossigo, um dia explico isso tudo melhor!







Luciano Braz - Plagiando uma realidade mútua ... refletindo sob uma verdade própria!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Eu ... a Bailarina ... o Silêncio!!!


Estou novamente com o silêncio ...
Esse velho companheiro…


Gestos, murmúrios, vem com a imaginação ... à realidade!

Desceu a noite fria, envolvendo de sombras a terra gelada...

Vêm o silêncio e a escuridão, libertando-me do torpor que as horas do dia me condenam.

Eis-me aqui, transpassado pela tua memória!
Que poder é este que tens sobre mim que me estilhaça?

Fecho os olhos e Estremeço ao sentir-te dançando em minha volta
Pára e sossega-me!

Não há noite que não estejas presente quando faço por adormecer
Pára e sossega-me!

Que são estas memórias serenas, estas idéias peregrinas que nas noites frias me aquecem e apaziguam a alma senão a chama desta vontade e deste querer amar-te e te ter?

Infinitas vezes pergunto, num murmúrio que se desfaz em silêncio… Será possível, em tempo como este, viver vidas antigas, histórias sagradas que se sentem como um beijo profundo?

Terá sido o pó das estrelas que nos tivesse aspergido este querer, esta vontade, esta idéia de um amor que teima em me envolver?

Se pecado há, é este de crer teimosamente no sonho que nos resgata da miserável lei da vida.

Chamo por ti, mas apenas o silêncio me responde,
Vem ... Pára e sossega-me!

Fecho os olhos
Porém deixo claro ... não adianta a solidão insistir em me abraçar ...

Eu não vou deixar de te Amar,
Não vou parar de te olhar,
Vou trazer-te ao meu mundo ... Queres vir ?

E depois disso nem a cegueria rouba minha felicidade
Pois viverei com a alegria de ter visto o que poucos vêem ...
O teu sorriso ... a tua majestade ... bailando sobre meus sonhos ...
No silêncio do nosso momento ... Sim ... Fron This Moment !


Luciano ... Uma Bailarina ... O silêncio!!!
Curitiba ...
A madrugada se aproxima ... com ela longiquos pensamentos ...





segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Quem Pode Esconder de Ti a Alma?


“Toda a tua vida é um segredo
Guardado no silêncio dos teus passos
Discreto, misterioso e subtil
Nos gestos, nas palavras, no olhar...

Quem pode assim, esconder de ti a alma?
Quem pode recusar-te a confissão?
Se da tua boca bebem a imensa calma
Que embala e adormece o coração?

Vagueias pelos céus... Mesmo sem ter asas p’ra voar
Num bailado de sombras quase ausente
Teus olhos franqueando as portas da imaginação
Se abrem sobre a vida de tanta gente...

Quem pode assim, esconder de ti a alma?




Luciano Braz





quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Carta ao Pai !


Pai!
Demorou tanto mas meu coração já aceita nossa realidade,
O que importa é que fui feliz com você ... de verdade !

Diante de tudo que por mim você já fez,
Fiz pra ti, estes versos, pra que leias de vez em vez ...
E não se esqueça do meu amor!

Pai, seria pouco dizer-te muito obrigado
Pois você esteve sempre ao meu lado,
Nas horas tristes, nos momentos de aflição,
Guardo nos olhos tua sede de vida, tua paixão!

Coragem, força e confiança ...
Nas horas mais duras jamais perdeu a esperança,
Pra que Eu pudesse ser o homem que hoje sou!

Pai, por mais que eu grite aos ventos, que eu fale de ti por onde estiver, jamais será o bastante ...
Por você nobre homem, venço o mundo ...

Ahhh se soubesses o quanto és importante!

Espero que ai onde estás, se orgulhe de tudo o que Eu fiz !
E que nunca esqueça meu querido senhor,
És o Pai que todo filho sempre quis!

Mas o tempo passou e de ti só restam seus conselhos de amor ... lembranças ... momentos ...
Estão guardados ... aqui, dentro de mim ...

Pai, por ser criança eu não pude evitar,
Sei que até te fiz chorar,
Mas aproveito para te pedir perdão.

Se Eu pudesse nasceria novamente,
Pra viver contigo outra vez,
Ser o seu filho, foi o meu melhor presente!

Pai, seu poema já esta quase terminando,
E tanta coisa pra dizer ficou faltando,

Mas que EU TE AMO nunca vá se esquecer ...

Que os anjos lhe abracem por mim ...
Um dia nos vemos denovo ...
Sim ... lá no fim ...
E pra sempre estaremos juntos ...

Eu e Você, meu Pai.








Até que isto aconteça, ando por ai, pelos trilhos da vida ...
Amando, sorrindo, sofrendo, chorando ...





Dia dos pais,
Saudades do velho !




Luciano Braz

domingo, 2 de agosto de 2009

Nois Dois !



Queria eu simples mortal
Invadir teu corpo
E ver em teu coração, em tua mente
O que há de mim



Aflorar em teus olhos
Em forma de lágrima
Correr suavemente pela sua face
E desembocar em teus lábios
Em forma de um suave beijo



Queria entender o por quê
Que sonhos são capazes de tornar real
Nem que seja num istante ínfimo
Nós dois ... Em corpo, alma e coração.