terça-feira, 24 de novembro de 2009

Um Conto de Amor !



Os pensamentos se vão ...

E com eles vou me soltando devagar, voando de mansinho,
Como vôo da gaivota, redescobrindo meu caminho.
Na lembrança dos meus olhos, levo o conto de uma história de Amor, um romance com cheiro do néctar da flor ...

Era inicio de outono, ruas agitadas e um vento que soprava do norte, nas calçadas do balneário vidas se cruzavam , o destino causara impacto as pálpebras daquele homem disfarçado de menino, que tencionava esmagar seus medos e orgulhos em troca de alguns poucos minutos de realização.

Tempos atrás em meio a tanta gente não imaginará que amaria tanto, era apenas um desconhecido tentando salvar sua existência e descobrir seu caminho através da conquista e dos sonhos, vocês sabem, se seus sonhos forem desejos e não projetos de vida, certamente vocês levaram para a sepultura seus conflitos.

Ninguém sabia sua origem, seu nome, sua história. Proclamava aos quatro ventos que a sua natureza se convertera num hospício turbulento. Com eloquência cativante conduzia seguidores anônimos e vendia alegria mesmo antes de saber que a viveria com tanta intensidade pelos prazeres da paixão.

Nada de tão belo, nada de tão estranho. Ao mesmo tempo em que arrebatava as pessoas libertando-as do cárcere da rotina, arrumara inimigos, que não eram capazes de compreender sua sede de vida..

Um sábio ou o mais loucos dos seres ?
Talvez fosse esta a interrogação quando de encontro com este estranho que desconcertava o ninho social.

Nenhuma das opções, era apenas alguém capaz de emocionar, fazer chorar, rir, e pensar muito através de seu romance com a vida, Ahh e com a garota deitada na rede.

Foi assim que tudo começou, em seu caminho surge uma rede, uma garota, com olhar sereno e sorriso maroto, parecia jovem para escrever de amor com tanta naturalidade, como quem ja viverá fortes emoções.
Aos poucos a cobiça invadiu seus corações, tentações obscenas misturavan-se a pureza de seus princípios.
Um sentimento estranho e diferente, adrenalinas e aproximação, mais tarde isto se chamaria Amor, paixão.
E por mais que lidemos com esse sentimento como se fosse um paletó de dois números acima do nosso, apenas ele, e tão somente ele,o amor, nos faz humanos como desde tempos imemoriais a arte tenta provar.
Seja nos boleros mais sentimentais, que ressoam nas paixões evocadas pelos grandes mestres ou em obras primas vividas por anônimos como Eu, o amor mesmo que proibido e limitado pelo espaço sempre se transformar em versos, cúltuados ... sonhados à realidade.

Hoje noite de agosto, estas lembranças não saem da memória, depois de tantas loucuras (outros capítulos desta história).
O Tempo Para, os espaços diminuem, os limites se rompem, é chegada a hora ...
Em fim a chance de escrever uma nova pagina, e o desfecho deste encontro lhes conto de outra forma, em ritmo de poesia, cuja interpretação de cada momento deixo guardadas nas entrelinhas ilógicas ou irracionais contidas em cada verso, que escondem em suas verdades uma imensidão de sentimentos, difusos, complexos, que só poderão ser compreendidos por que já se entregou e se perdeu por um grande amor.


Um conto de Amor , com o cheiro do Néctar da Flor

A primeira vez que vi você meu grande Amor , o vento pela rua assoviava chamamé.
Senti em seu olhar a luz do entardecer, aprendi a sonhar antes de adormecer ,
e a vida foi chegando de uma vez...

Olhos nos olhos, nasceu um suspiro,
O bem-me-quer que se desfolhou,
Acelerou meu coração porque encontrei meu grande amor,

Marquei o dia, marquei a hora,
no calendario que o amor fez,
a estação da paixão, a minha primeira vez.

Mistura perfeita, menina – mulher,
Muleca Sapeca, sabe bem o que quer,
Brinca, não pára no chão ... Quando mulher quase me mata de tesão...
E o Amor se fez ...
“Ahh quem me dera ter você mais uma vez”!

Como diz a canção dos teus pés na terra nascem flores ...

Mas os tigres vem a noite ... e os contos mudam seus traços,
O Tempo passa e o destino nos afasta ...

Onde andas o meu amor?
O que será que aconteceu,
Andará pensando em mim
Ou será que me esqueceu?

Lembras do castelo de sonhos em que foi minha rainha ?
E quando percorri o mundo dos vampiros pra conquistar a vida eterna só pra ter a chance de ficar aqui te esperando em outras vidas ?

Hoje de nada vale essa noite pampeana
e esse pampa exalando alecrim,
Não ha flores nas calçadas, nem nas ruas, nem nos parques,
Só uma cor abandonada florescendo em toda parte,

"Arresponde" companheira o que se deu alo largo
Que já não existem flores pelos caminhos do pago?

Sem a cor do teu amor andarei pelas taperas,
O verão não terá flor se faltar a primavera,
O amanhã não existe onde há árvore desnuda,
Onde vão nascer as flores dos poemas de Neruda?

Serei teu para sempre,
Na memória como a melodia veste o poema pra sempre vou te vestir de amor,
Um amor com gosto de mel , e o cheiro do nectar da flor!

Onde andas?
Me esqueceu ?


Luciano Braz














domingo, 15 de novembro de 2009

Hoje Vou Transformar-me!




Hoje vou transformar-me num cenário de amor.
Quebrar a monotonia.
Encher a vida de prazer.

Ouvir meus sentidos.
Me transformar em luz.
Cheiro. Toque. Som.
E envolver-te toda
Num momento especial.

Pela janela entreaberta,
Cúmplice de minhas artimanhas,
Uma nesga de luar...
Vestido de prazer vou te procurar!

Entregar-te minha pele e o gosto do meu toque,
Desfrutar do frescor e da textura do teu corpo.
Te sentir espalhada, entregue, rendida aos meus prazeres...

Nosso amor será embalado por um fundo musical, suave e terno,
Um piano ou um violão,
E no auge da loucura,
Uma balada que acompanhe o ritmo do nosso coração.

Antes de amanhecer o dia te servirei champagne,
Brindaremos ao desejo ...
Entregarei uma flor e uma mordida nos lábios...
Para que te lembres eternamente desse momento bandido,
Em que te roubei pra mim...

Antes do primeiro raio de sol, retornarei ao meu mundo,
Deixando tatuado em teu corpo as marcas meu Amor,
Um Amor meio vagabundo, despojado, muleque...
Mas pra sempre ficará marcado na magia dos seus sonhos.


Luciano Braz























Povo sem memória... Triste história
Não compreende o presente
Não constrói o futuro
Não sabe fazer... Não sabe ser.

(Augusta Schimidt, é professora, autora e poetisa brasileira, nasceu em Campinas (SP) no ano 1950).

Com “esclerose” coletiva nos tornamos facilmente manipuláveis. Uma das raízes de qualquer dominação e alienação de um povo reside na sua falta de memória. A memória por sua vez é diferente da evocação de um passado longínquo e ultrapassado. Ela tem a ver com o guardar intacto o original e o ORIGINÁRIO.
Logo, um povo que deixa cair ou perde a capacidade de ver ou perceber o que origina e fundamenta sua existência, ignora o que fazer e nem sabe mais ser povo. Mais que isto, vira vítima de ideologias e presa fácil de tiranos e manipuladores, de moralistas políticos e religiosos, de falsos profetas presentes nas falas de defesa de um passado já morto e de promessas de um futuro inalcançável.
Um povo sem memória facilmente se perde nas comemorações e agitações carnavalescas de um presente que sempre é usado para camuflar ou esconder a verdade da realidade. Vejam amigos, é aí que a história de um povo se converte em anemia de ações, em pobreza de arte, de pensamento e pensadores, em ausência de poetas e filósofos, em miséria de homens e mulheres sem caráter e autonomia, em cidadãos e lideres políticos desprovidos de ética e honestidade.
No entanto, pode estar justo na falta de memória de um povo a sua chance de ser sacudido e tirado de sua hipnose. Então vamos mudar nossos destinos, recobrar a memória, pôr-se sempre de novo e de modo novo no que nos constitui verdadeiramente como pessoa e como povo.
Quem sabe refletindo sobre isto a gente se torna mais critico e descobre mais “verdades” , a gente resgata informações e produz mais conhecimento, talvez não mudaremos a realidade mas ao menos a compreenderemos melhor.
Li uma frase esta semana que dizia:
“Nada é como se dá. Temos que alterar os fatos, tais como se deram, para poder perceber o que realmente se deu". (Fernando António Nogueira Pessoa, poeta e escritor português, 1888-1935).
Para exercitar esta arte de investigação, criticidade e compreensão de vida, primeiro é necessário saber da própria história.
Vejam, o ilusionista é capaz de distorcer os fatos para induzir os espectadores a novos argumentos.
Mas , dizem que contra os fatos não existem argumentos.

Será que suspeitar dos fatos não seria provocar uma discussão, uma investigação, uma análise mais aprofundada, uma crítica mais apurada na busca da compreensão daquilo que se diz consumado?

Será que boa parte das pessoas não aceita tudo "mansamente" sem fazer nenhum trabalho crítico e investigativo da verdade e, assim, os fatos passam de geração em geração de maneira congelada, formando cidadãos incapazes de ler e perceber o que realmente se deu no que se chama de "fato"?

Não questionar os fatos seria uma forma de bloqueio intelectual e dogmatismo a impedir que as pessoas encontrem a verdade ?

Pensar nisto tudo me deu uma tremenda dor de cabeça!

Jucelino pensando sobre como seria seu palácio em Brasilia e preocupado com o transito lá fora (risos).

A Entrada do Palácio!


o Urbanismo!



Abraços meus amigos, ótima semana a todos, me perdoem a ausência , mas o tempo anda muito escasso, assim que conseguir passo prestigiar suas artes.
Muito Deus a Todos.

sábado, 7 de novembro de 2009

Cortinas de Ferro! Abstrato ...

O Abstrato

Serei apenas o abstrato
Um porta retrato
Sem a fotografia?
Que na parede da vida
Restou a moldura esquecida
Sem graça, úmida e fria.

Ou serei um vento fino
Disfarçado de destino
Ditando regras a esmos?
Baralho de cartas marcadas ...
E o perdedor sempre ...

Palavras jogadas ao vento ...

Herdando seu veredicto
De um julgamento maldito,
Condenando ...

Este é um trecho do poema ABSTRATO cuja autoria é de Josué Oliveira.



Na segunda feira pela manhã, antes de ir ao trabalho, estava lendo as noticias da semana na internet, quando um moço gentil bateu a minha porta para entregar a revista Veja, ao dar aquela olhadinha rápida sobre as manchetes logo me prendi a leitura da colunista Vilma Gryzinski que me deixou indignado e foi objeto de reflexão durante todos estes dias, ao olhar a imagem (esta que esta neste post) fiquei a imaginar como as pessoas envolvidas neste contexto social devem sentir-se mediante a tamanho caos, mais que isto, se fosse para poetizar esta realidade como a poetizariam? neste momento lembrei-me das palavras do meu amigo Josué, então resolvi compartilhar minha percepção de tudo isto através de suas sensíveis palavras.



Para quem não leu ...

Massacre no mercado das mulheres
Foram mais de 100 vítimas inocentes no Paquistão, outras 160
no Iraque e um silêncio ensurdecedor no resto do mundo

Todo atentado terrorista é hediondo, mas o que aconteceu na quarta-feira em Peshawar, no Paquistão, teve uma característica particularmente perversa. O carro-bomba, com motorista suicida, serpenteou pela área de um mercado ao ar livre bem na hora em que as mães pegam os filhos na escola e vão comprar comida para fazer o jantar. A explosão matou mais de 100 pessoas, na maioria mulheres e crianças. Com o mesmo método e a mesma filiação ideológica – o radicalismo islâmico, recrudescido diante da percepção de que os Estados Unidos vacilam –, outros dois carros lotados de explosivos provocaram carnificina no centro de Bagdá: mais de 160 pessoas estraçalhadas. Tão assombroso quanto as bombas foi o silêncio mundial ante o horror do massacre dos inocentes. Os jovens anarquistas de roupas moderninhas que fazem quebra-quebra a cada reunião do G-20 ou do FMI? Nada. As senhoras de cor-de-rosa que protestam contra todas as ações militares dos Estados Unidos? Caladíssimas. E os imãs, os chefes das mesquitas ou os fiéis comuns dos países muçulmanos, indignados com a matança de seus irmãos de fé? Nem pensar. Os motivos obedecem a razões deturpadas. Em relação ao Iraque, é porque as vítimas são xiitas, que ascenderam ao poder com a derrubada de Saddam Hussein, e qualquer manifestação de apoio a eles é vista como endosso à invasão americana. O mesmo raciocínio
enviesado se aplica, em outras condições, ao Paquistão, onde talibãs e companhia barbarizam. O governo do Iraque pediu à ONU que abra um inquérito sobre os atentados. Será interessante ver como o pacifismo seletivo reage. Já apareceu o primeiro abaixo-assinado?

Vilma Gryzinski




Como podem ver, a noticia vem a calhar com a concepção dividida com vocês na última postagem, de que "A violência jamais resolve os conflitos, nem sequer diminui suas conseqüências dramáticas"
Quanto a matéria, muito pertinente a Vilma quando retrata a realidade da consciência social, vemos estas coisas e dizemos “estamos em outro pais, não temos nada haver com isto, a guerra é deles” 3 dias depois esquecemos de TUDO.
Temos coisas mais importantes a fazer, afinal, tivemos que passar a semana fazendo movimentações e discursos ao mundo sobre as palavras inconseqüentes do nosso queridíssimo governador do Paraná, que deu uma de Berlusconi, e disse que câncer de mama é coisa de mulher ou de parada gay.
Nesta semana que inicia o assunto será outro, o mundo comemora os 20 anos da queda da Cortina de Ferro (denominação dada por Churchill ao muro de Berlin) isto é bom,e sim um grande marco, porém talvez devêssemos aproveitar o momento para pensarmos em estratégias para derrubar os demais Muros Infernais que separam as pessoas da dignidade, e do direito de viver, realidade que assola vários pontos do planeta.
Bom mas antes de reclamar da porta fechada, é preciso tentar abrir a maçaneta. Lembro das palavras de um ator Americano (Jonathan Harshman) “Se o seu navio não chega, nade até ele”A palavra “navio” (do latim “navigiu”) designa uma embarcação de grande porte. Este tipo de transporte é para longas distâncias. Seu calado (profundidade abaixo da linha d’água) o impede de chegar a águas rasas.
Logo, para quem fica esperando uma grande vitória na vida (como um navio) e ela demora a se concretizar, talvez seja necessário tomar a iniciativa, sair da comodidade da praia e nadar até ele. Muitas vezes depende de nós completarmos o que falta para que tudo dê certo.
Fica a pergunta a vocês meus amigos : Podemos fazer algo ?

Abraço a todos e Ótima semana.


Luciano Braz